A ideia de gestão compartilhada pode parecer maluca para alguns e uma fórmula fracassada para outros, mas para mim foi um desafio: envolver pessoas-chave e talentos internos na busca por soluções.
Após a saída do nosso gerente geral de produção, percebemos a escassez de profissionais qualificados no mercado e a falta de alternativas para avançar. Diante disso, tínhamos duas opções: o retorno do meu marido e sócio, Junior Rocha, para a produção ou testar a gestão compartilhada, envolvendo os líderes de setores em uma abordagem mais sistêmica.
Optamos pela segunda opção, iniciando com conversas para convencer cada líder escolhido sobre a importância e o desafio que assumiriam. Acreditamos que fazer parte da solução é mais eficaz para os processos de trabalho. Mostramos a eles como poderiam ser responsáveis e respeitados em toda a empresa, permitindo que tomassem decisões para resolver problemas diários, o que promoveria o crescimento profissional de cada um.
Para que a gestão compartilhada funcione, é essencial alinhar os processos da empresa, facilitando a comunicação entre os gestores e melhorando a resolução de problemas cotidianos.
Cada gestor é responsável pela contratação, demissão e treinamento da sua equipe, o que traz um nível maior de responsabilidade, importância e resultados.
Utilizamos várias ferramentas nesse processo, como organograma de comunicação, feedback trimestral da equipe, reuniões pontuais e divisão de tarefas, entre outras técnicas de desenvolvimento pessoal.
Hoje, somos referência nesse estilo de gestão na CV e oferecemos uma mentoria específica e detalhada sobre o tema para fortalecer outras empresas.
Aqui na Formas, vivemos a realidade da gestão compartilhada. Nossa mentoria se baseia naquilo que deu certo, fazendo a diferença em um cenário onde muitas pessoas ensinam sem aplicabilidade. Queremos causar impacto e isso faz toda a diferença no profissionalismo do nosso segmento.
Você pode estar se perguntando: quais são os benefícios da gestão compartilhada?
- Resolução: a solução e as dificuldades não ficam restritas a uma única pessoa.
- Novas ideias: equipe que gera a ideia não “resiste” a própria ideia.
- Tempo de qualidade: quanto mais a equipe está envolvida, mais efetivamente o trabalho flui.
- Agilidade: a equipe de gestores se empenha em resolver problemas, trabalhando em conjunto e sendo reconhecida pelo todo.
- Correção dos processos: os próprios gestores corrigem os processos no caminho, pois precisam fazer parte da solução e não do problema.
- Engajamento das equipes: cada gestor é responsável pela sua equipe e se esforça para manter seu setor organizado, pois são avaliados pelos resultados de suas decisões.
- Liberdade para os donos: com uma equipe engajada e proativa, podemos nos distanciar e nos envolver menos nas situações do dia a dia, tendo mais tempo para planejar, organizar e direcionar a empresa como um todo, atuando apenas como suporte.
- Facilidade de substituição: em caso de substituição de um gestor, os demais podem dividir, compartilhar e treinar, tornando a empresa menos dependente de um indivíduo específico.
- Redução do turnover.
Transformar é a chave, e ensinar a pensar é a solução.
Em nossas reuniões semanais, incentivamos as pessoas a definirem seus objetivos, sendo movidas por desafios e reconhecimento. Não fazemos nada sozinhos. Confiar, delegar, servir e ensinar exige um propósito de ver o bem no outro. Talvez esse seja o segredo da Gestão Compartilhada na Formas. Somos uma equipe que não luta uns contra os outros, mas sim juntos contra os desafios diários na fábrica.
Esse é o jeito Formas, há 23 anos fazendo história na CV.
Muito obrigada pela oportunidade de contribuir para o desenvolvimento de todos.
Escrito por: Roberta Rocha – Formas Comunicação Visual
